É claro que a fantasia típica nos desenhos é algo fabuloso que os torna dinâmicos e atrativos. Mas pensando sobre a realidade dos habitantes de Bedrock, percebe-se que ela não condiz com era que eles realmente vivem. Vão a restaurantes, usam o telefone, assistem TV, andam de carro e tantas outras coisas absurdas, porém adaptados a uma idade da pedra tão louca e que é semelhante com a realidade em que vivemos.
Comemoramos o “natal” quando na verdade ele ainda nem existe. “Usufruímos” de um progresso que ainda nem foi inventado, que nem se quer chegou ao nosso conhecimento. Gabamo-nos de conquistas que nem do nosso tempo ainda não são.
Talvez os criadores do desenho estejam retratando a nossa atual realidade. Como nos tornarmos verdadeiros personagens nas mãos de pessoas que governam este mundo real, mas tão absurdo, tão desigual, e tão incoerente, como o do desenho.
É interessante observar como as vidas de Fred, Barney e companhia foram perfeitamente adaptadas. E assistindo ao desenho quase não percebemos esses grandes contrastes. Afinal, faz parte de uma história, de uma fantasia criada e programada para que seja assim, para que ocorra sempre da mesma forma.
Qualquer semelhança com a nossa realidade não é mera coincidência. Por isso acredito que nesse desenho está um grande retrato do que é nossa realidade hoje. Tudo "certo", tudo "normal", tudo adaptado para esconder tantas contradições. E é por essas e outras que prefiro ser considerado um louco que vive em um mundo “normal”, do que ser “normal” em mundo que é totalmente louco.
Não! Eu não estou dizendo que estamos na idade da pedra. Ou será que estamos? Ah! Já nem sei mais se estou falando do desenho ou da vida real. Em qual parte será que eu me perdi?
